Em Abril deste ano, a FuelTech atingiu a maioridade e completou 18 anos de história. Destes, 14 foram devidamente vivenciados por Humberto Beck. Coordenador de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) desde seu ingresso na empresa, em 4 de junho de 2007, ele é nosso funcionário mais antigo. Com lembranças que ajudam a contar parte da história de paixão e desenvolvimento construída pela FuelTech nestas quase duas décadas. 

Quando Humberto chegou, era um dos sete funcionários da empresa à época. Hoje, passamos dos 100 colaboradores somente no Brasil, além dos componentes do time na FuelTech USA, o braço americano da companhia. De lá para cá, além de fazer parte do crescimento da FuelTech, Beck, 42 anos, se tornou testemunha de que muitas coisas, sobretudo aquelas essenciais, permaneceram intactas da forma como eram no começo.

E aquelas que mudaram, em suas próprias palavras, foram para melhor.

Infância, universidade, trabalho 

Assim como o fundador e CEO da FuelTech, Anderson Dick, Humberto é natural de Santa Cruz do Sul, no interior do RS. Os dois se encontravam de forma ocasional ainda na infância e voltaram a ter contato já em Porto Alegre (RS), quando foram colegas em algumas disciplinas do curso de Engenharia Elétrica e Eletrônica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o qual concluíram com poucos meses de diferença. 

Humberto confessa que, ao receber o primeiro convite de Anderson para ingressar na FuelTech, se sentiu inseguro, ainda que tenha gostado da ideia. Meses mais tarde, ao ser procurado outra vez, decidiu se mudar para a capital gaúcha e encarar a missão de liderar a área de engenharia da jovem empresa. Um trabalho executado de forma quase solitária em sua área. “Havia um colega que desenhava placas na época e eu assumi com o desenvolvimento de softwares e circuitos”, lembra.


“O Anderson [Dick] sempre deixou muito clara a situação do que acontecia”, continua. “Sabia das capacidades dele, sempre foi uma relação muito aberta, de confiança, o que é fundamental para mim e para ele”, depõe. “Tinha todo um mundo ali que fazia sentido para mim, além da pessoa dele que sempre mostrou muita confiança”.

Rotina dinâmica e diálogo aberto 

Os desafios que fazem parte do dia a dia da FuelTech desde sua fundação são combustível fundamental para que Beck esteja conosco há tanto tempo. “Preciso sempre ter algo para fazer, toda hora ter algo novo para colocar as mãos. Se eu ficar fazendo sempre a mesma coisa, para mim, perde a graça”, relata.  

Para alguém com tal perfil, trabalhar numa empresa como a nossa foi um prato cheio. “Sempre tem algum produto novo. Em geral, um projeto de ECU leva de dois a três anos, você sempre parte de um hardware, mas dentro tem muita coisa nova”, explica Humberto, que considera fundamental um modo de trabalho ágil e livre de amarras e burocracias para o bom funcionamento das coisas. “Acredito que isso está na alma da própria empresa. Isso também é do Anderson, que é muito dinâmico. Creio que isso nunca vá mudar”, observa. 

A busca por um ambiente de trabalho desprovido de egos e competições internas também é vista como imprescindível por nosso colaborador com mais tempo de casa. “Existe um diálogo muito aberto. Se tem uma coisa, a gente conversa e resolve, sem entrelinhas”, pontua. “Não tem aquilo que você chega em casa chateado por ter se estressado no trabalho com algum colega”, salienta.  

Tal cultura, na visão dele, garante um bom relacionamento e um ambiente saudável de trabalho mesmo diante das dificuldades. “Sempre tem problema para resolver ou coisa para correr atrás, mas não é algo que pesa, pois as pessoas são bem leves no tratar das coisas, por mais difíceis ou desafiadoras que elas sejam”.

“Seja uma pessoa apaixonada: é um dos fundamentos da empresa” 

Nestes 14 anos, o coordenador de P&D da FuelTech vê o crescimento da empresa em termos organizacionais, mas com sua essência intacta. “Quando era meia dúzia de pessoas, era tudo bastante informal, natural numa empresa pequena”, relembra. “Isso é uma coisa legal, sempre foi uma estrutura horizontal, não tem um que seja mais do que o outro. Todos somam, todos são importantes. É uma característica que vem desde o início”. 

Do alto de sua experiência, Beck tem um recado claro para quem deseja ingressar na FuelTech e, quem sabe, construir uma carreira longeva e bem sucedida como a dele: ter paixão pelo que faz. “Aqui é um lugar de pessoas apaixonadas”, salienta. “Você precisa ser apaixonado por aquilo que faz. E não digo ser apaixonado por carro, mas pela sua função, por aquilo que vai fazer”, analisa. 

Para defender seu ponto de vista, Humberto cita o seu próprio exemplo. “Gosto de carros, mas nunca mexi. Sou apaixonado pela eletrônica e o desenvolvimento de tecnologias. É o que me motiva”, diz. “Todo mundo que está aqui faz uma coisa que realmente gosta dentro de sua área e aplica no mundo automotivo. A empresa é uma interface para aplicar no mundo automotivo, mas você vai fazer o que gosta, no seu meio”, prossegue. “Seja uma pessoa apaixonada: é um dos fundamentos da empresa”, define.

Todos nós fizemos das palavras de Humberto as nossas: sem paixão, nem ele, nem a FuelTech e nem cada um de nós teria chegado até aqui. E é esse o preceito básico que sabemos precisar levar daqui adiante, para mais 14, 18 ou muitos e muitos anos mais.