Passat Pointer com RacePRO-1Fi: mais de uma década de fidelidade (e felicidade)

julho 26, 2020

Quando este paulista resolveu montar um Passat para o resto da vida, trocou o carburador pela RacePRO-1Fi. E não se arrependeu: mais de 12 anos depois, ele conserva o carro - e a injeção - assim como quando comprou.

O famoso Passat de Oyama, um companheiro para a vida toda (Foto: reprodução YouTube)

Montar um carro para ter para o resto da vida era a ideia do paulista Ronnie Oyama em 2007, quando adquiriu o Passat Pointer GTS 1988 que possui até hoje. A escolha pelo clássico da VW não foi por acaso: Oyama é um veterano da arrancada - e dos saudosos modelos alemães.

O paulista começou no esporte justamente em 1988 e com o mesmo modelo de carro, um Passat Pointer 1986. Na época de seu primeiro Passat, não havia carros turbo na rua. Peças como comando, escapamento e carburador eram trocadas em busca um melhor rendimento. No projeto que mantém até hoje, porém, a ideia era outra.

Apesar do comando 330º com levante de 14,8 mm, o carro anda “como se fosse original”, garante. No dinamômetro, o modelo alemão de motor 1,9L 8V já atingiu 195,7 cv com 25 kgfm de torque. “Aspirado é um motor que você precisa se apegar aos detalhes para fazer o carro render”, ensina. 

Oyama, quando comprou o carro, conta que sua ideia era utilizar dois carburadores Weber 45 em posição horizontal – a famosa Weber deitada. No entanto, um amigo sugeriu que utilizasse injeção eletrônica com quatro cornetas, como faria com o famoso carburador, “mas de modo que vai dar bem menos dor de cabeça”. A escolha foi da FuelTech RacePRO-1Fi. Que faz o gerenciamento eletrônico do projeto até hoje.

 

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Mudança de conceito

Sobre o uso do velho carburador, Oyama é direto: “em carro aspirado com comando forte e a álcool, você não consegue sair andando. O motor, frio, não responde”, relembra. “Com esse carro, não. O motor tá gelado, eu bato partida e ele já pega na primeira, mantenho a marcha lenta e saio andando com o carro”, depõe. 

A paixão pelos antigos sistemas de alimentação, porém, não foi esquecida: num tributo ao próprio passado, o proprietário importou corpos de borboleta da Inglaterra, que possuem visual idêntico aos carburadores usados na década de 80, mas com bicos injetores na parte interna.

E a RacePRO-1Fi, ainda dá conta? “A única dúvida que tive nesse tempo todo foi sobre a memória”, conta, ao lembrar uma ocasião em que deixou a chave-geral da bateria desligada por quatro meses e imaginou que a configuração da ECU voltasse a zero quando fosse religada. 

“Para minha surpresa, estava normal, tudo configurado ainda”. Ao questionar o suporte técnico da FuelTech já na época, ainda por e-mail, recebeu a resposta de que a central eletrônica pode ficar de um ano a um ano e meio com tudo desligado sem perder as configurações nela contidas. 

Cara de carburado e gerenciamento eletrônico há 12 anos feito por uma RacePRO-1Fi
Cara de carburado e gerenciamento eletrônico há 12 anos feito por uma RacePRO-1Fi (Foto: reprodução YouTube)

Panela velha

Ronnie Oyama e seu Passat de RacePRO-1Fi (primeiro modelo da linha FuelTech que não é mais fabricada, clique aqui e confira a tabela de ECUs disponíveis hoje) são uma história de fidelidade e felicidade. “Boa parte do que é o carro é graças à injeção, tanto para andar com o carro numa boa quanto para acelerar”. Afinal, já dizia certa música que não interessa se ela é coroa. Neste caso, vale tanto para máquina quanto para o equipamento.

O módulo FuelTech RacePRO-1Fi responsável pelo gerenciamento eletrônico do carro

O módulo FuelTech RacePRO-1Fi responsável pelo gerenciamento eletrônico do carro (Foto: reprodução YouTube)