Proteja seu motor: sua ECU pode salvar seu motor de uma quebra (e você de um prejuízo daqueles)
Referências quando se trata de performance e desempenho, as ECUs FuelTech possuem outras funcionalidades tão ou mais importantes do que a extração da máxima performance de um veículo: a garantia de que ele funcionará perfeitamente e sem quebras. Muitas dessas funcionalidades foram asseguradas com o desenvolvimento nas pistas do Brasil e do mundo, onde nossos módulos gerenciam motores submetidos às condições mais brutais e extremas imagináveis para um veículo a motor.
Nas injeções eletrônicas programáveis da linha Power FT, há três funções importantíssimas para que você proteja o motor do seu projeto, seja ele de rua ou de pista: sistema de malha fechada, limitador de RPM e o sistema de alertas. São funções que fazem desde correções imediatas a algum mau funcionamento até desligar completamente o motor para evitar que ele, o veículo ou mesmo você corram algum tipo de risco. A seguir, a gente explica melhor como funciona cada um desses itens.
Sistema de malha fechada
O sistema de malha fechada é uma parte do software da ECU que controla a quantidade de combustível injetado no motor. É a mesma sistemática usado por carros modernos que saem de fábrica, nos quais sempre há uma sonda no escapamento com controle fechado, para garantir que a mistura entre ar e combustível atinja sempre um ponto ideal, o que já leva em consideração fatores como a temperatura do ambiente onde está o veículo.
O sistema pode ser programado em uma tabela na ECU de acordo com a necessidade para o veículo, conforme os índices de RPM ou carga do motor a serem atingidos. “A malha fechada pode colocar ou retirar até 100% de combustível sobre o que está programado no mapa da ECU, dentro dos limites de correção configurados, com o uso de misturas mais ricas ou pobres conforme a situação”, ensina o técnico do suporte da FuelTech, Vinícius Rebello.
“Se o carro estiver com pressão de turbo elevada e em aceleração, mas a sonda apontar uma mistura pobre, a ECU complementa a mistura com o combustível necessário, o que evita danos ao motor”, exemplifica Rebello. “O mesmo acontece na situação contrária, caso houver uma mistura muito rica identificada pelo leitor de sonda, o que evita que o excesso de combustível se misture ao óleo e prejudique o sistema de lubrificação do motor”, enfatiza.
Não importa qual sua necessidade ou como você configurou o mapa: nas ECUs da linha Power FT, o sistema de malha fechada sempre agirá em busca da mistura perfeita entre ar e combustível.
Confira mais detalhes da função no vídeo abaixo:
Limitador de RPM
É a ferramenta que garante que o motor não vai ultrapassar o número de rotações por minuto (RPM) além do que os componentes mecânicos são capazes de aguentar. “Peças como válvulas, balanceiros e bielas, quando submetidas a um regime de RPM para os quais não foram projetadas, acabam com problemas como quebra ou queda de válvulas ou balanceiros, desarme do trem de válvulas ou a válvula flutuar e atingir os pistões”, destaca Rebello.
Nesta função, a ECU monitora de forma contínua o número de RPMs sob o qual motor opera. Se o número limite programado pelo usuário estiver muito próximo de ser atingido, o módulo de injeção interrompe o funcionamento do sistema de ignição. “É como se os cilindros fossem desligados, o que evita o aumento da rotação para além do número desejado”, frisa o membro do suporte técnico.
Com o limitador de RPM das ECUs FuelTech, é possível estabelecer um número único de limite de giros ou programar a limitação em uma tabela, de acordo com a temperatura atingida pelo motor. “Como na maioria dos carros originais, com o motor frio, o sistema não permite que o motor gire em altas RPMs, por questões de segurança, exatamente como atua a nossa ECU”, afirma Rebello. “Quanto mais alto o RPM, maiores as frequências de funcionamento, o que pode causar um colapso das partes mecânicas”, destaca.
Tome cuidado, porém, para não errar uma marcha. “Se você estiver acelerando em quarta marcha e, em vez da quinta, engatar por engano uma terceira marcha, esse é um caso em que a ECU não conseguirá limitar o RPM em tempo”, alerta Rebello.
Sistema de alertas
As ECUs FuelTech da linha Power FT possuem um menu específico para configurações de alertas. São 18 tipos de alertas diferentes configuráveis pelo usuário com opções que variam conforme os sensores que estão conectados ao módulo FT.
Entre os alertas mais comuns e importantes de serem habilitados, estão a pressão mínima de combustível (que, se registrar queda acentuada durante a aceleração, pode causar quebra do motor), pressão mínima de óleo, pressão mínima de óleo por RPM, excesso de temperatura do motor, excesso de RPM, excesso de pressão de turbo, temperatura alta do escapamento (lida pelos condicionadores EGT, como o FuelTech EGT-4 CAN e o FuelTech EGT-8 CAN).
Confira mais detalhes da função no vídeo abaixo:
Cada alerta pode ser habilitado de forma individual, com três opções: emissão de alerta visual no dashboard da ECU, instauração do modo de segurança no motor (com funcionamento limitado, em que o motor funciona abaixo do regime máximo de RPM, temperatura ou outro parâmetro conforme configurado pelo usuário) ou desligamento completo do motor, que ocorre apenas 0s2 (dois décimos de segundo) após a identificação do problema pela ECU, com interrupção do funcionamento dos bicos injetores.
As FuelTech FT450 e FT550 possuem LEDs virtuais, que podem se acender quando alguma função do motor sai do que foi programado pelo usuário. Já a FuelTech FT600 possui um LED físico, que pode piscar ou acender em situação de alerta, conforme o desejo do usuário. As configurações também se estendem ao dashboard. “O campo da temperatura do motor pode ficar com o fundo vermelho quando a mesma subir ou descer demais e voltar a ficar em cor neutra quando restabelecida a temperatura correta”, exemplifica Vinícius Rebello.
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