julho 02, 2020
Já imaginou ter um carro com mais de seis metros de comprimento, com uma caçamba capaz de carregar duas toneladas? E se você colocasse nele um motor V8 com supercharger, que fizesse a potência do veículo saltar para entre 700 e 800 cv? Ah: e se nós lhe dissermos que, com tudo isso, o veículo roda de forma tão suave que você pode usá-lo no dia a dia?
Pois bem: tudo isso compõe a receita da Chevrolet Silverado 3500 do diretor técnico da FuelTech nos EUA, Luís Fernando Backes De Leon. Uma pick-up potente, robusta e divertida, seja para rodar nas ruas e estradas do estado da Geórgia como para puxar um trailer que leve a família em férias.
Um dos primeiros itens a chamar a atenção na caminhonete ano 2003 é o eixo dually, ou seja, de rodagem dupla, com dois pneus em cada lado na traseira. A Silverado tem generosos 6,20m de comprimento – são 2m somente na caçamba. O próprio De Leon a compara, com bom humor, a um caminhão, ao citar as rodas de 22,5 polegadas de diâmetro que calçam a pick-up.
As semelhanças com o bruto, no entanto, terminam quando o proprietário decide arrancar em uma esquina com ligeira agressividade e a gigantesca traseira desgarra deliciosamente: “atravessa como se fosse um carro”, define De Leon com seu habitual sorriso.
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Esta Silverado carrega um contraponto à altura de suas medidas imponentes: um enorme V8 de seis litros, bem ao gosto americano, dotado de um compressor Whipple com 1,5 bar de pressão. De Leon estima que o sistema, ainda na faixa de 2.000 RPM, já alcance 1 bar – a potência exata não foi aferida, visto que o carro ainda não foi testado em dinamômetro.
O assovio do propulsor em acelerações mais fortes contrasta com uma rodagem macia e suave em baixas velocidades e rotações, sob o comando de uma FuelTech FT600, ECU escolhida para encabeçar o gerenciamento eletrônico do projeto enquanto o proprietário realiza revisão geral desta área no carro.
O charme do câmbio junto à coluna da direção é outro item irresistível da Silverado de De Leon. Apesar do comando original, a pick-up ganhou corpo de borboletas do Chevrolet Corvette, bem como bicos e bomba injetora maiores e uma transformação de combustível – o álcool foi escolhido para substituir a gasolina da versão original.
Tudo para garantir a versatilidade de um carro ambicionado pelo proprietário desde a juventude, bem ao gosto americano, mas com sentimento descrito em legítimo sotaque gauchês: “era meu sonho desde quando era piá”.
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