FuelTech, 18 anos: curiosidades e bastidores da nossa história!

abril 29, 2021

Neste 23 de abril, a FuelTech completou 18 anos de existência. Deste mesmo dia em 2003 até aqui, passamos por uma série de desafios e alegrias. Colecionamos histórias tanto quanto vitórias e recordes, sempre motivados pelo gosto por acelerar, evoluir, vencer - e fazer isso junto de você, que divide tais paixões e valores conosco.

Para celebrar nossa chegada à maioridade, vamos contar algumas curiosidades e relatos de bastidores para você. Alguns jamais haviam sido publicados. Desfrute conosco de algumas histórias que, assim como você, nos fizeram ser mais fortes que as adversidades e conseguir chegar até aqui.


Empreendedorismo como você não imagina

A FuelTech foi fundada em 2003 pelo nosso CEO global, Anderson Dick. Desde maio de 2009, ele passou a dividir a chefia da empresa com o diretor-executivo Leonardo Fontolan. No entanto, eles se conheceram muito antes, em meados dos anos 1990, ambos já motivados e dispostos a seguir o caminho do empreendedorismo. Mas ainda de um jeito meio, digamos, alternativo.

“Conheci o Anderson quando éramos dois guris, por volta de 1997, eu devia ter uns 14 ou 15 anos”, recorda Fontolan. “Um amigo trouxe um gravador para mim e junto com meu irmão passamos a gravar seleções de músicas em CDs para outros amigos. Comprávamos um CD por um real e vendíamos por 20 reais”, lembra ele, sobre a então lucrativa operação.

Para gravar os CDs, porém, era preciso instalar um software que fosse capaz de fazer isso. Foi aí que ele recorreu a um jovem com grande facilidade em lidar com computadores. “O Anderson era o geniozinho da informática e veio com uma motinho lá para instalar. Éramos dois caras tentando empreender: um vendendo CDs e outro prestando assistência de Tecnologia de Informação”.

Os caminhos daqueles jovens moradores de Santa Cruz do Sul, no interior gaúcho, voltariam a se cruzar na década seguinte - a esposa de Leonardo, Camile, é irmã da esposa de Deivi, um dos melhores amigos de Anderson. “Encontrei o Anderson na casa da minha sogra, ele tinha acabado de ir para os EUA instalar a primeira FuelTech lá. Perguntei como estava o negócio e ele disse que os EUA são a porta de entrada para o mundo, não o destino final. Pensei: ‘esse cara tem visão’”.

Fontolan, então supervisor de uma metalúrgica santa-cruzense, assumiria a gestão administrativo-financeira da FuelTech em janeiro de 2009. Em maio do mesmo ano, tornou-se sócio da versão inicial da FuelTech USA, sediada na Califórnia. A ideia era que ele fosse aos EUA instituir a versão americana da empresa naquele estado, onde havia morado, mas os planos mudaram.


Dinheiro fora e ascensão ano a ano

A FuelTech USA californiana fechou logo em seu primeiro ano, quando Dick e Fontolan decidiram se estabelecer no estado da Flórida, ainda sem sede fixa. De 2009 a 2012, a empresa sempre dava as caras na Performance Racing Industry (PRI), maior feira de componentes de alta performance do mundo, mas sem resultados muito expressivos. “Foram quatro PRIs seguidas só jogando dinheiro fora até sermos reconhecidos”, confessa. 

Retorno da FuelTech à PRI em 2018, agora em Indianápolis - EUA.

A parceria com a ProLine foi fundamental para que a FuelTech decolasse em solo ianque. “Quando o Roderjan Busato e o Fábio Costa compraram seus Camaro Pro Mod com motor ProLine, queriam usar FuelTech nos carros. Na época, estávamos desenvolvendo a FuelTech FT500 e não tínhamos ainda produtos que atendessem aos deles”, lembra. “Eles vendiam motores de 70 mil dólares com uma injeção na qual não ganhavam nada e se ofereceram para serem nossos distribuidores exclusivos, mas era um risco. Então decidimos vender 50% da FuelTech USA para eles. No Brasil, seguimos com marca, patentes, tecnologia, tudo nosso”, sublinha.

Em 2013, a FuelTech estabeleceu sua primeira sede física nos EUA, em Nova Jersey, no noroeste do país, com um brasileiro que lá residia. Começava aí também a se estabelecer uma rede de distribuidores da empresa em solo americano. Em 2014, veio a parceria com a ProLine, consolidada como sociedade no ano seguinte. “E aí o mundo foi crescendo: pedidos da Tailândia, Japão, Europa, África do Sul e por aí vai”, conta. 

 

FuelTech USA em Ball Ground, EUA. 

Lembra aquela história de os EUA serem a porta de entrada para o mundo? Pois é. A FuelTech, até então bem segmentada na América Latina, passou a marcar presença em todo o globo. “Hoje, a unidade do Brasil exporta para todo o mundo. A unidade dos EUA exporta, principalmente, para Canadá, México, Oriente Médio e Austrália”, explica Leonardo.


Estratégia de guerra e cinco anos em um

Para o diretor-executivo da FuelTech, um dos momentos mais delicados da história da empresa veio quando explodiu, no Brasil e em boa parte do mundo, a pandemia da covid-19, em março de 2020.

“Numa sexta-feira, no início da tarde, a cidade de Caxias do Sul decretou lockdown. Tínhamos uma exportação gigante rumo aos EUA para a segunda-feira seguinte. Em duas horas, nossos setores fizeram uma força-tarefa enorme e mandamos o pedido na sexta-feira mesmo”, recorda. “Na madrugada de sexta para sábado, foi a cidade de Porto Alegre, em que estamos sediados, que decretou lockdown. Conseguimos por pouco”.

Aquele mesmo fim de semana marcou uma virada nos rumos. “Retiramos computadores e tudo o que podíamos da empresa no domingo. Na segunda, já estávamos trabalhando via remoto. O setor de TI se descabelava para garantir que tivéssemos acesso aos sistemas com segurança”, destaca. “Traçamos uma estratégia de guerra para continuar. A área industrial só não funcionou na segunda-feira. Na terça, já estávamos vendendo. Na quinta, com autorização do governo, já voltamos a produzir e fizemos isso em dois turnos, para haver distanciamento. Ficamos só um dia sem faturar”. 

Produção na FuelTech Brasil, foto da área industrial em Porto Alegre - RS.
 

A resistência à crise se consolidou em nosso aniversário anterior ao deste ano. “Passamos a investir forte em marketing digital. Injetamos dinheiro e as coisas começaram a dar certo. Antecipamos o início da comemoração do aniversário para a última semana de março e começamos a fazer promoções, mesmo com as finanças ruins”, descreve. “Vendemos bem, o faturamento subiu e notamos que o cliente estava com seu projeto em casa, na garagem. Decidimos incentivar ele a mexer nesse projeto”, frisa.

“Os revendedores vieram conosco e diziam que quem estava segurando o faturamento deles era a FuelTech. Foi sem dúvida o momento mais desafiador da empresa”, conta.


De pessoas para pessoas

A satisfação das pessoas tem sido o objetivo da FuelTech ao longo desses 18 anos de vida. E um produto só pode deixar alguém feliz se for feito por gente que se sinta feliz ao fabricá-lo. “Quando veio a pandemia, decidimos que, se preciso, só iríamos pedalar valores com bancos e governos, sem afetar os salários. Trocamos muita gente de função, em especial quem pertencia a grupos de risco. Só deixamos em modo presencial quem era da área industrial”, frisa. “Reestruturamos o atendimento, foi uma reviravolta. Mas deu certo e começamos a quitar dívidas. Evoluímos cinco anos em menos de um ano e meio”.

O cuidado com o pessoal se reflete na postura de Leonardo, que faz questão de avaliar cada candidato a uma vaga na FuelTech. “Ninguém entra na empresa, seja um gerente ou auxiliar de serviços gerais, sem passar por entrevista comigo. Queremos realmente que a pessoa que entra na FuelTech tenha uma sinergia de valores. Na nossa opinião, esse é o nosso diferencial. Produtos desenvolvidos por pessoas que tenham uma conexão conosco. São pessoas escolhidas a dedo”, reflete.

Uma das frases que norteia o pensamento da FuelTech é atribuída a Ayrton Senna: diz que em meio a uma prova com tempo bom, você não pode ultrapassar 10 ou 15 adversários. Mas numa corrida com tempestade, é possível. “É assim que encaramos. Estamos na chuva, com temporal e de pé no fundo. Em 2020, crescemos 69% no Brasil e mais de 50% nos EUA. Quando acabar a tormenta, as pessoas nem vão ver por onde passamos ou de onde viemos”, compara.

Dava para imaginar que aquele encontro de dois jovens para gravar músicas em CDs viraria nisso tudo? Prazer, somos a FuelTech e essa é parte de nossa história de 18 anos. Que os próximos 18 sejam tão incríveis quanto. E que, no que virá por aí, você siga como sempre esteve até aqui: junto conosco.